O paradigma.
Passei os anos todos da faculdade sem dar um selinho. E o ensino médio foi só exclusão e fobia social. Penso que isso tenha sido um fardo mental que moldou minhas crenças.
A minha mente desacreditou que era possível ficar com mulher. Por isso o meu corpo respondeu adquirindo atitudes emasculadas de bom moço. (leia mais: post)
Tive cinco flertes e cinco quase. Um deles foi mais proeminente. As amigas delas nos shipavam. Tinha tudo para dar certo. Mas ela tinha um ficante em off, do nosso mesmo grupo. Eu me afastei dela. (leia mais: post).
Naquela noite eu chorei ao som de Venice Queen. Remoi todos os quase, todos os foras em trinta anos. Acreditava que nunca ia conseguir mesmo. E mesmo se algum dia...
Eu achava surreal despir uma mulher na cama. Achava surreal receber uma preliminar, como se fosse lenda urbana ou um mito, algo que não existe. Eu me via pensando em bancar cruzeiro internacional se alguma mulher me desse a maior das validações na cama.
Eu não me sentia capaz de ser genuinamente desejado.
A mudança.
Foi um choque de realidade: dias depois que eu perdi o bv (contexto: post), marquei com a ficante em um reservado. Ela veio. Tudo o que fizemos no quarto, naquela noite, para mim foi a primeira vez. Tudo. Para fechar, ela mesma pediu para terminar com final feliz. Com uma simplicidade bem resolvida.
Todas as coisas que eu, antes, achava surreal de uma mulher fazer comigo, uma mulher fez comigo. De forma bem natural. Apenas isso.
No dia seguinte, fiquei refletindo nisso um bom tempo. Numa tarde de sol ameno entre ruas de bairro nobre. Uma caminhada reflexiva. Foi quando eu mudei minhas crenças limitantes.
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